MINHOCAS-CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino: Animalia
Filo: Annelida
Classe: Oligochaeta
Ordem: Haplotaxida
Família: Lumbricidae
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
- As minhocas se alimentam de organismos animais mortos e diversos
tipos de vegetação (plantas e folhas). Durante o movimento, elas ingerem terra,
aproveitando todo material orgânico e eliminando a terra.
- As minhocas não
possuem sistema auditivo nem mesmo visual.
- Vivem
enterradas, construindo galerias e canais, arejando a terra.
- São muito usadas
na pesca como iscas pelos pescadores.
- Seu corpo é
formado por anéis. Numa extremidade fica a boca (sem dentes e mandíbulas) e a
outra o ânus.
- A respiração da
minhoca ocorre na pele (respiração cutânea).
- Elas são
hermafroditas, pois cada uma possui testículos e ovários. Porém, uma minhoca
não é capaz de se reproduzir sozinha, necessitando sempre de uma outra para a
troca de espermatozóides.
- As minhocas
também possuem a capacidade de regeneração.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
Peso: em média 30 gramas
Comprimento: 15 cm na média (algumas espécies podem chegar a dois
metros na Austrália)
Maturidade sexual: 60 a 90 dias
Reprodução das minhocas
Um ponto que indica que seu minhocário está dando certo é se as
suas minhocas começarem a se multiplicar. Num ambiente propício, elas se
multiplicam rapidamente. Mas não se preocupe! Elas não vão se multiplicar além
da capacidade do seu minhocário... Elas só vão se reproduzir até
atingir um "limite de capacidade" do espaço e da comida. Mas não
é porque tem muita comida que elas vão se reproduzir, já que há outros fatores
limitantes. Então não adianta colocar mais comida para elas se reproduzirem
mais.
Aqui vai uma curiosidade: as minhocas são seres hermafroditas
incompletos, ou seja, todas as minhocas possuem órgãos reprodutores masculinos
e femininos. Porém, elas não conseguem se reproduzir sozinhas, e precisam de
outra minhoca. Elas trocam esperma (não sei se é bem esse o termo), e aí cada
uma segue o seu caminho, e se foram fecundadas, terão muitas minhoquinhas
(cerca de 100 "filhotes" por ano). Até 10 dias depois do
acasalamento, a minhoca produz um casulo com mais ou menos 10 ovos, que podem
ou não estar fecundados. A incubação leva de 10 a 21 dias, mas se as condições
da cama não forem favoráveis, eles esperam até que o ambiente seja propício
para eclodir. Depois de nascida, a minhoca atinge a puberdade com 60 a 90 dias,
e aí pode se reproduzir.
Colocando a comida
Depois que você deixar as minhocas se adaptarem, chegou a hora de
começar a colocar a comida.
Vou abrir um parêntesis: o meu minhocário tem como objetivo, além de
diminuir o lixo produzido em casa.Voltando à comida... Não é todo tipo de
comida que se pode colocar para as suas minhocas. Já vi muitas pessoas dizendo
que tiveram sucesso quando colocaram pão, arroz, macarrão e até mesmo feijão.
Eu não tive boas experiências com esses alimentos no meu antigo minhocário
("antigo" porque deu tudo errado, e aí eu comecei com a ideia de
fazer um novo e mostrar para as pessoas como pode se fazer).
Pesquisando um pouco e por testes, descobri o que pode ou não ser
colocado:
-PODE: borra de café, saquinhos de chá, legumes, vegetais, frutas,
cascas de ovos, guardanapos de papel, folhas secas, palha ou serragem, papel
(que não tenha impressões coloridas, porque contaminam a cama com metais
pesados), restos de plantas e flores.
-NÃO PODE: madeiras tratadas, plantas doentes, carnes, peixes,
laticínios (leite, queijo,etc), ossos e espinhas, sementes, gorduras e óleos.
-PODE POUCO: frutas cítricas, cinzas, restos de cebola e alho.
Massas, pães e arroz até podem ser colocados, mas em pouca quantidade e
somente se não foram preparados com óleos e gorduras (até mesmo manteiga). E,
claro, sem molho ou qualquer outra coisa. Mas cuidado! Eles mofam rápido, por
isso a quantidade colocada não deve ser muito grande.
Frutas cítricas, restos de cebola e alho e cinzas não são muito
legais porque alteram o pH da cama (que deve ser por volta de 7,0). Podem ser
colocadas em pequenas quantidades, apesar disso.
Entende-se aqui que as pequenas quantidades são proporcionais ao
tamanho do seu minhocário, e que devem representar menos de 1/4 dos resíduos
adicionados.
Quando eu comecei a adicionar comida no minhocário, fui colocando aos
poucos (principalmente para fins do meu projeto, eu pesei os resíduos - 100
gramas). Conforme foi passando o tempo, aumentei para 200 gramas, 300 gramas e
até 400 gramas a cada dois dias, para ver a capacidade das minhocas. Mas
pode-se colocar comida todos os dias.
Um ponto muito importante: NÃO coloque mais do que as suas minhocas
podem comer por dia, por que as comidas mofam. Assim como nós, minhocas não
consomem comida mofada, e nem o que está em contato direto com ela... isso
prejudica muito o seu minhocário! Aí as minhocas, num longo prazo, começam a
morrer e seu minhocário não dará certo (essa é por experiência própria).
Nas primeiras vezes que eu coloquei comida, acabei misturando na cama
para saber como as minhocas se comportariam, mas acabei descobrindo que não é o
melhor. As minhocas se alimentam de cima para baixo, por isso o melhor é só
despejar os resíduos por cima da cama e deixá-las fazerem o resto do trabalho.
A minhoca consome um terço do seu peso por dia
Após um ano medem de 15 a 20 centímetros
Regeneram caso sejam cortadas( apenas uma das partes)
São hermafroditas( tem dois sexos)
Em períodos quentes e úmidos e geralmente a noite procuram um parceiro
para acasalar, podendo deixar mais de 100 descendentes por ano
Minhocas vermelhas californianas, tem origem do norte da Europa,
comprimento de 7 a 13 centímetros e diâmetro de 3 a 5 milímetros. Cor
amarronzadas com linhas amareladas entre os anéis. Produzem o ano inteiro.
Minhocas Gigante Africanas , origem Oeste e Norte da África, cor
vermelha amarronzada, podendo chegar a 20 centímetros de comprimento e 9
milímetros de diâmetro quando adulta.
Produz melhor em estações quentes.
Cuidados e dicas com o
minhocario:
Na compostagem seca é
fundamental remexer o conteúdo com frequência para oxigenar a mistura,
favorecer a evaporação do excesso de umidade e aumentar a quantidade de ar. Na
primeira semana é recomendável que revolva bem a mistura todos os dias, depois
uma vez por mês. A quantidade de umidade, calor e ar no sistema precisam ser
controladas, pois os microrganismos são sensíveis a essas variações e a
compostagem pode ser afetada, mas não precisa ficar preocupado. Existem alguns
truques para saber se está tudo certo.
Basta espremer com a mão um
pouco do conteúdo para avaliar a umidade. Se estiver tudo certo, a palma da mão
deverá ficar suavemente molhada. Se gotejar água, isso indica excesso de
umidade na mistura, que é prejudicial para a proliferação e atuação dos
microrganismos. Basta revirar a mistura e acrescentar um pouco mais de material
seco para solucionar o problema. Quando estiver muito seca, basta borrifar um
pouco de água e mexer.
No caso da temperatura, uma
barra de ferro fincado na mistura pode funcionar como termômetro. Um sistema
eficiente tem uma temperatura em torno de 60°C. Esse calor é resultado da
decomposição aeróbica da matéria orgânica que é transmitido à barra. Se a
temperatura estiver muito abaixo disso estará indicando que o processo está
muito lento. Isso pode ser provocado por pouca umidade ou pouco resíduo
orgânico. Faça o teste de umidade.
Caso não seja essa a
deficiência, o sistema possivelmente está com pouco material orgânico. Coloque
mais resíduos e mexa para resolver o problema.
O aparecimento de pragas está
relacionado à presença de algum alimento que não é de fácil decomposição e que
costuma atrair insetos ou animais, como carne, ossos, gordura e açúcar (o que
ocorre muito na compostagem ao ar livre, diferentemente dos modelos de
composteiras disponíveis para venda - nesses últimos, tais riscos tendem a não
existir). Basta retirar esses resíduos, parar a colocação de mais lixo por três
dias e colocar mais material seco. Dessa forma, o problema será solucionado.
-Húmus
Na compostagem seca, o húmus
ficará pronto entre dois e três meses, dependendo do tamanho da composteira.
Após esse período, os resultados da compostagem serão um resíduo marrom, sem
cheiro e homogêneo. Nesse caso, não há recolhimento do chorume.
Eficiência
Ambos os métodos para
compostagem doméstica são eficientes e ecológicos. Eles contribuem com a
redução das emissões de gás metano para
a atmosfera, evitando desequilíbrio causado pelo efeito
estufa. Isso sem contar que, se elas forem
tratadas da maneira correta, produzem adubo de boa qualidade, não emitem
cheiro, ocupam pouco espaço, não atraem insetos e animais, além de reduzirem o
volume de lixo doméstico substancialmente. Com pouco esforço é possível dar um
destino correto ao que iria poluir o ecossistema e sobrecarregar lixões e
aterros urbanos. O adubo produzido ainda pode ser um incentivo para ter
uma horta orgânica.
Se você não quiser plantar ou adubar alguma planta em sua casa, é só aplicar o
húmus em qualquer árvore de uma praça, parque ou no canteiro da rua para fazer
bem à natureza. A vermicompostagem é a forma de composta que mais enriquece o
solo
Nos dias de hoje, em que
a sustentabilidade ganha
força, muito se discute sobre a questão do volume de lixo que é gerado nas
residências, pois mesmo separando os recicláveis, ainda temos
bastante lixo
orgânico. Entretanto, grande parte desse tipo de
resíduo é composto por restos de
comida que podem ir para uma composteira, plenamente possível de ser instalada em casas ou
apartamentos (dependendo do tipo do processo). Esse simples procedimento leva à
diminuição da quantidade de lixo orgânico despejada em aterros, diminuindo as
emissões de gás metano.
A compostagem caseira,
em geral, pode se dar de três formas: seca, vermicompostagem ou
automática. A automática faz uso de uma composteira mecânica, que utiliza micro-organismos patenteados
capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade e acidez,
sendo uma forma mais simples, prática e sustentável de se fazer compostagem em
casa (veja mais aqui);
a seca trata apenas da decomposição dos alimentos por micro-organismos, e
tem o mesmo princípio da vermicompostagem; porém, na seca, não são adicionadas
minhocas para digerir a matéria orgânica.
A vermicompostagem faz uso das
minhocas e pode ser realizada em casas e apartamentos com uso da composteira doméstica. Essa técnica requer pouco consumo
de energia e um menor tempo para produção do composto com relação à compostagem
seca. Com essa técnica, há a formação do vermicomposto, que é o produto obtido
por meio da ação das minhocas em resíduos orgânicos. O vermicomposto é
também conhecido como húmus de minhoca e é um ótimo adubo orgânico, muito rico
em flora bacteriana. Basicamente, é a matéria orgânica "reciclada".
Além de ser mais
estável, principalmente
quanto ao pH, à relação
carbono/nitrogênioe às propriedades físicas, químicas e
biológicas capazes de auxiliar no bom desempenho das culturas, o vermicomposto
devolve à terra cinco vezes mais nitrogênio, duas vezes mais cálcio,
duas vezes e meia mais
magnésio, sete vezes mais fósforo e 11 vezes mais potássio.
Vantagens do
vermicomposto
• Não agressivo para o ambiente;
• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;
• Enriquece o solo com nutrientes;
• Grande fonte de nutrientes para as plantas;
• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;
• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;
• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;
• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;
• Melhora a estrutura do solo;
• Propicia produção de alimentos mais saudáveis;
• Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.
• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;
• Enriquece o solo com nutrientes;
• Grande fonte de nutrientes para as plantas;
• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;
• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;
• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;
• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;
• Melhora a estrutura do solo;
• Propicia produção de alimentos mais saudáveis;
• Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.
Minhocas
A importância das minhocas
para a fertilização e recuperação dos solos é conhecida há tempos e o filósofo
Aristóteles definia estes seres como "arados da terra", graças à
capacidade de escavar os terrenos mais duros. Esse verme tem o poder de ingerir
terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso, além de digerir e
expelir cerca de 60% do que comeu sob a forma de húmus.
Segundo estudos, o
tipo de minhoca mais indicada para a vermicompostagem é a detritívora, pois se
alimenta de matéria orgânica morta, suporta melhor as adversidades de
temperatura e acidez, que ocorrem em um processo de decomposição, e se reproduz
de acordo com a quantidade de alimento disponível, ou seja, melhor para a
criação em cativeiro.
Dentro dessa tipologia, a
espécie que é comumente utilizada é a Eisenia foetida(espécie
Epígea), também conhecida como vermelha da Califórnia ou minhoca
dos resíduos orgânicos. Essas minhocas conseguem processar uma grande variedade
de materiais em menos tempo, promovem a aceleração da maturação do composto,
apresentam alta atividade, taxa de conversão do composto em húmus e elevada
taxa de reprodução.
Fuga das Minhocas
Quando o ambiente dentro da
composteira (chamada também de minhocário) está desfavorável para esse animal,
as minhocas podem fugir, por isso é necessário que os recipientes estejam sempre
adequadamente fechados. Na maioria dos casos, essas condições ruins levam à
perda de atividade reprodutora ou morte das minhocas. Para isso não ocorrer,
fique atento a alguns parâmetros como:
• Umidade: a falta de água ou
baixa umidade diminui a ação dos micro-organismos e as minhocas podem morrer
por desidratação; e se o ambiente estiver com muita água, isso também pode
levar à mortandade de minhocas, interferir na circulação de ar e exalar mau
cheiro; (Saiba mais)
• Porosidade/areamento: se o
substrato tiver alta densidade e compactação, pode ocorrer falta de espaços e
baixa porcentagem de oxigênio, afetando a atividade das minhocas;
• Natureza dos resíduos:
alguns resíduos acabam elevando a temperatura, teores de acidez e demorando
para se decompor, afetando o ambiente das minhocas (vejaaqui o
que não colocar na sua composteira);
• Relação C/N: os resíduos
possuem quantidades variáveis de Carbono e
Nitrogênio, que são essenciais para os seres-vivos -
relações altas de nitrogênio e baixas de carbono interferem na ação dos
micro-organismos e trazem condições desfavoráveis às minhocas;
• pH: as minhocas necessitam
de um ambiente de pH compreendido
entre 5 e 8, fora desse intervalo, pode haver
diminuição da sua atividade;
• Temperatura: o metabolismo
das minhocas fica baixo em temperaturas inferiores a 15 ºC; mais frio do que
isso elas morrem; e em temperaturas altas, também.
Na tabela a seguir, da CONFRAGI
de Portugal, temos um síntese de algumas soluções
e causas desses parâmetros:
Problema
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Causa
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Solução
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Excesso de água
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Pouca comida
Cama precisa de ser mudada
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Composteira ou minhocário
No caso da vermicompostagem
caseira, a composteira doméstica ou minhocário é o local em que as minhocas
irão atuar para "reciclar" os resíduos orgânicos. Basicamente, o
dispositivo consiste em três ou mais caixas empilháveis de plástico, mas isso
depende da demanda de pessoas na casa. Para saber qual é o melhor tamanho para
sua família, clique aqui.
As duas primeiras caixas são
digestoras. A primeira, onde se depositam os resíduos (confira aqui quais
resíduos podem ser usados), necessita de tampa e tem furos no fundo; a última
serve como coletora para armazenar o chorume orgânico produzido.
A composteira é um processo
simples e higiênico de reciclar o lixo orgânico que produzimos em casa,
entretanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar maus
odores, atração de animais e morte das minhocas.
Recomenda-se portanto, como
que em um passo-a-passo, que os resíduos sejam depositados sucessivamente em
fileiras (preferencialmente picados) e a seguir em camadas, preservando-se
sempre no lado oposto uma camada de composto pronto, húmus livre de resíduos
que servirá para o que se chama de "cama". A “cama” é como um local
de segurança, onde as minhocas se sentem confortáveis, devendo existir em ambas
caixas digestoras. Elas migrarão por todas as caixas, subindo e descendo, sempre
usando os furos.
O que é compostagem? Como
funciona? Quais são os benefícios para o meio ambiente e para a sociedade?
Tanto já se falou sobre
essa técnica de reciclagem do lixo orgânico, agora fique sabendo tudo sobre
essa técnica sustentável, que tem ganhado cada vez mais adeptos e que pode
trazer muitos benefícios
O que é compostagem? E como ela acontece?
A compostagem é o
processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem
urbana, doméstico, industrial,
agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do
lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como
fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A
técnica de compostar ajuda na redução das sobras de alimentos (saiba mais),
tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa
residência (saiba mais sobre resíduos nesta matéria
especial).
O processo de compostagem acontece em fases,
sendo elas muito distintas umas das outras. Suas principais características
são:
1ª) Fase mesofílica:
Nessa fase, fungos e bactérias mesófilas (ativas
a temperaturas próximas da temperatura ambiente), que começam a se proliferar
assim que a matéria orgânica é aglomerada na composteira, são de extrema
importância para decomposição do lixo orgânico. Eles vão metabolizar
principalmente os nutrientes mais facilmente encontrados, ou seja, as moléculas
mais simples. As temperaturas são moderadas nesta fase (cerca de 40°C) e ele
tem duração de aproximadamente de 15 dias.
2ª) Fase termofílica:
É a fase mais longa,e pode se estender por até dois meses, dependendo
das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram
em cena os fungos e bactérias denominados de termofilicos ou termófilos, que
são capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da
maior disponibilidade de oxigênio - promovida pelo revolvimento da pilha
inicial. A degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam
na eliminação de agentes patogênicos
3ª) Fase da maturação:
A última fase do processo de compostagem, e que pode durar até dois
meses. Nessa fase há a diminuição da atividade microbiana, juntamente com as
quedas de gradativas de temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente)
e acidez, antes observada no composto. É um período de estabilização que produz
um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição
microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre de toxidade, metais pesados e patógenos.
O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de
composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e
nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins
agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que
necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Breve história da compostagem
A compostagem não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao
passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo
agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para
obtenção de fertilizante orgânico.
No oriente médio, principalmente na China a compostagem vem sendo
aplicada há alguns séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir
dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era
considerado pai da agricultura, pois foi autor do primeiro método de
compostagem na província Indiana de Indore, onde tentou efetuar a compostagem
com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos
tipos.
Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX
pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em
crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos
urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos do solo. Assim,
os resíduos eram quase completamente reciclados por meio da agricultura.
Ao passar do tempo, a expansão das áreas urbanas, o aumento
populacional e do consumo alteraram os métodos de depósito, gestão dos resíduos
sólidos e, principalmente, a qualidade dos mesmos, que acabaram tornando-se
cada vez mais inadequados para o processo de compostagem. Logo, a técnica
perdeu popularidade. Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a
utilização de métodos direcionados para a preservação do meio ambiente, há um
novo interesse em compostar os restos de
comida em casa como uma solução para a redução do volume de
resíduos domésticos que são encaminhados para os aterros (veja matéria sobre composteira residencial como alternativa para
o lixo orgânico).
Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico
para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na
massa e fazer a sua própria compostagem. (conheça mais sobre essa técnica)
O que é uma composteira?
A ccomposteira nada mais é do que o lugar
(ou a estrutura) próprio para o depósito e processamento do material orgânico.
É nesse local que irá ocorrer a compostagem, a transformação desse lixo orgânico em adubo.
A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos - isso depende
do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre disponível
para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade. As composteiras podem ser
instaladas em casas e apartamentos e podemos encontrar tipos que contemplam,
além da questão do tamanho, também a questão de preço e custo, sendo que, de
qualquer forma, a compostagem caseira é uma ótima iniciativa. Fora isso, ao
longo dos anos, foram desenvolvidas pelo homem técnicas capazes de acelerar e
estimular esse processo natural. Muitas dessas técnicas envolvem o uso de
outros agentes, também naturais, como o uso de minhocas californianas (espécie Eisenia
foetida mais indicada para o processo), que daí recebe o nome de
vermecompostagem (outro tipo de
compostagem), técnica que é amplamente utilizada na forma das composteira doméstica.
Outro tipo de composteira que pode ser utilizada é a composteira automática, que envolve
uma maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao invés de
minhocas, utiliza poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o
Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade
e acidez. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas
de peixe, frutos do mar, ao contrário da vermicompostagem. Nessa última, também
não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e laticínios, pois retardam
a decomposição (confira aqui quais
itens não são recomendados para deposição em sua composteira doméstica). Também
existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém
devemos destinar corretamente. Para isso, confira essa matéria especial sobre o que
fazer com o que não vai para a composteira.
Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermecompostagem) e de composteira
para sua casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a
composteira caseira é higiênica. Essa dúvida é recorrente devido existência de
chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar
mau odor e atrair animais. O fato de haver minhocas nas composteiras também
assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento .
Fatores que influenciam na geração e na qualidade do composto
São muitos os fatores que podem influenciar na quantidade e
qualidade dos compostos gerados durante a compostagem, os principais são os
seguintes:
Organismos:
A transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo,
basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias,
que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos
envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas,
formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;
Temperatura:
Um dos fatores de grande importância no processo de compostagem. Esse
processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona
diretamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor,
pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a
vários fatores, como materiais ricos em proteínas, baixa
relação carbono/nitrogênio, umidade e outros. Materiais moídos e
peneirados, com granulometria mais fina e maior homogeneidade, originam uma
melhor distribuição de temperatura e menor perda de calor;
Umidade:
A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do
processo, pois a umidade garante a atividade microbiológica, isso se deve
porque, entre outros fatores, a estrutura dos micro-organismos consiste de
aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser
obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem. Porém, a escassez
ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem - se houver excesso, é
necessário acrescentar matéria seca, como serragem, que é a melhor indicação
para isso.
A faixa de umidade ótima recomendada para se obter um máximo de
decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de
umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do
suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos
envolvidos no processo e para que as reações bioquímicas ocorram no tempo
certo, durante o processo de compostagem; saiba mais.
Aeração:
No processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o fator
mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de
maus odores e a presença de insetos, como as moscas de frutas, por exemplo, o
que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Também
deve-se levar em contra que, quanto mais úmida está a massa orgânica, mais
deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja
feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período
em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento
deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após
o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para
uma incorporação final de oxigênio.
Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogênio e carbono
ajuda no crescimento e a atividade das colônias de micro-organismos envolvidos
no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos tempo.
Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogênio numa
proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio, ou seja, uma
razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na
composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo
as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.
Resíduos com relação C/N baixa
(C/N<26/1) são pobres em carbono e perdem nitrogênio na forma amoniacal
durante o processo de compostagem. Nesse caso, recomenda-se juntar restos
vegetais celulósicos, como serragem de madeira, sabugo e palha de milho e talos
e cachos de banana, ricos em carbono, para elevar a relação a um valor próximo
do ideal. No caso contrário, ou seja, quando a matéria-prima possui relação C/N
alta (C/N>35/1), o processo de compostagem torna-se mais demorado e o produto
final apresentará baixos teores de matéria orgânica. Para corrigir esse erro,
deve-se acrescentar materiais ricos em nitrogênio, como folhas de árvores,
gramíneas e e legumes frescos.
Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão
relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do
material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das
leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha).
Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua
composteira, como por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições
a alguns tipos de alimentos já mencionados e também devendo-se evitar a
deposição em excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois alteram o ph do
composto. ( Veja o que pode e não pode
ir na sua composteira).
Importância para o meio ambiente e para a saúde da população
Segundodados do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o
material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos
produzidos no Brasil e tudo isso vai parar em aterros sanitários onde são
depositados com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.
O uso da compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para
a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais)
ou rural. A maior vantagem que pode ser citada é que, no processo de
decomposição da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou
gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus). Por se tratar de um
processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), permite
que não ocorra a formação de gás metano CH4), gerado nos aterros por
ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente nocivo ao meio
ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás de efeito estufa de 25 vezes
mais potente que o gás carbônico - e mesmo que alguns aterros utilizem o metano
como energia, essas emissões contribuem para o desequilíbrio do efeito
estufa , influência humana potencialmente determinante das mudanças climáticas.
Adicionalmente, ao diminuirmos a quantidade de lixo destinado aos
aterros, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de
uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil. Outra vantagem é
a redução do passivo ambiental, que é o conjunto de obrigações que as empresas
têm com o meio ambiente e sociedade, ou seja, quando as empresas ou indústrias
geram algum tipo de passivo ambiental, também têm que gerar investimentos para
compensar os impactos causados à natureza. Assim, com a compostagem, reduzem o
lixo produzido, pois ele faz parte do passivo ambiental das empresas e
indústrias.
Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a
valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico,
atuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento
agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes
inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns
levam em sua composição substâncias como nitrogênio, fosfatos, potássio,
magnésio ou enxofre, cujos efeitos, sobretudo os fertilizantes nitrogenados, se
apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio do efeito estufa. Também é
possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à
presença de metais pesados em sua composição
Problema pode ser resolvido de diversas maneiras
Os restos de verduras, frutas e outros alimentos causam
dúvidas na hora do descarte. Jogá-los no lixo comum ou procurar outra
destinação? E qual seria a melhor forma de descartar esse tipo de alimento?
Existam duas opções que são as mais comuns para quem não quer
simplesmente jogar os resíduos fora: instalar um triturador de pia em
sua cozinha ou realizar a compostagem
caseira.
A primeira alternativa possibilita a eliminação dos restos sem acumular
água no lixo comum (vegetais e frutas possuem grande porcentagem de água), além
de fazer com que o saco de lixo pese menos. No entanto, é possível que essa alternativa
faça com que as tubulações de esgoto fiquem entupidas ou que o tratamento de
água fique mais caro devido à concentração de resíduos (entenda melhor os prós
e contras aqui).
Já o processo de compostagem é mais elaborado. Existem diversos modos de
realizar a "reciclagem" dos materiais orgânicos (veja
mais aqui). No entanto, ao contrário do que se pensa, é plenamente
possível compostar em casa, mesmo se você morar em um apartamento.
A vermecompostagem, feita a partir de uma composteira
doméstica, resolve o problema dos resíduos, proporciona húmus (um adubo natural
de alta qualidade), não faz sujeira (desde que você saiba como proceder - veja
mais aqui) e evita que você seja responsável por liberar
mais metano na atmosfera, influenciando no desequilíbrio
do efeito estufa, algo que a maioria da comunidade científica aponta como
causa das mudanças climáticas em curso.
Há também a compostagem automática que requer ainda menos
cuidados, é mais prática e chega aos mesmos resultados.
O óleo de cozinha que sobra da fritura pode virar sabão de um jeito
simples. Já as carnes terão que ir para o lixo comum ou, se você preferir,
seu animal de estimação também pode se alimentar delas.
- As minhocas se alimentam de organismos animais mortos e diversos
tipos de vegetação (plantas e folhas). Durante o movimento, elas ingerem terra,
aproveitando todo material orgânico e eliminando a terra.
- As minhocas não possuem sistema auditivo nem mesmo visual.
- Vivem enterradas, construindo galerias e canais, arejando a terra.
- São muito usadas na pesca como iscas pelos pescadores.
- Seu corpo é formado por anéis. Numa extremidade fica a boca (sem
dentes e mandíbulas) e na outra o ânus.
- A respiração da minhoca ocorre na pele (respiração cutânea).
- Elas são hermafroditas, pois cada uma possui testículos e ovários.
Porém, uma minhoca não é capaz de se reproduzir sozinha, necessitando sempre de
uma outra para a troca de espermatozóides.
- As minhocas também possuem a capacidade de regeneração.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
Peso: em média 30 gramas
Comprimento: 15 cm na média (algumas espécies podem chegar a dois
metros na Austrália)
Maturidade sexual: 60 a 90 dias
Reprodução das minhocas
Um ponto que indica que seu minhocário está dando certo é se as
suas minhocas começarem a se multiplicar. Num ambiente propício, elas se
multiplicam rapidamente. Mas não se preocupe! Elas não vão se multiplicar além
da capacidade do seu minhocário... Elas só vão se reproduzir até atingir um
"limite de capacidade" do espaço e da comida. Mas não é porque tem
muita comida que elas vão se reproduzir, já que há outros fatores limitantes.
Então não adianta colocar mais comida para elas se reproduzirem mais.
Aqui vai uma curiosidade: as minhocas são seres hermafroditas
incompletos, ou seja, todas as minhocas possuem órgãos reprodutores masculinos
e femininos. Porém, elas não conseguem se reproduzir sozinhas, e precisam de
outra minhoca. Elas trocam esperma (não sei se é bem esse o termo), e aí cada uma
segue o seu caminho, e se foram fecundadas, terão muitas minhoquinhas (cerca de
100 "filhotes" por ano). Até 10 dias depois do acasalamento, a
minhoca produz um casulo com mais ou menos 10 ovos, que podem ou não estar
fecundados. A incubação leva de 10 a 21 dias, mas se as condições da cama não
forem favoráveis, eles esperam até que o ambiente seja propício para eclodir.
Depois de nascida, a minhoca atinge a puberdade com 60 a 90 dias, e aí pode se
reproduzir.
Colocando a comida
Depois que você deixar as minhocas se adaptarem, chegou a hora de
começar a colocar a comida.
Vou abrir um parêntesis: o meu minhocário tem como objetivo, além de
diminuir o lixo produzido em casa.Voltando à comida... Não é todo tipo de
comida que se pode colocar para as suas minhocas. Já vi muitas pessoas dizendo
que tiveram sucesso quando colocaram pão, arroz, macarrão e até mesmo feijão.
Eu não tive boas experiências com esses alimentos no meu antigo minhocário
("antigo" porque deu tudo errado, e aí eu comecei com a ideia de fazer
um novo e mostrar para as pessoas como pode se fazer).
Pesquisando um pouco e por testes, descobri o que pode ou não ser
colocado:
-PODE: borra de café, saquinhos de chá, legumes, vegetais, frutas,
cascas de ovos, guardanapos de papel, folhas secas, palha ou serragem, papel
(que não tenha impressões coloridas, porque contaminam a cama com metais
pesados), restos de plantas e flores.
-NÃO PODE: madeiras tratadas, plantas doentes, carnes, peixes,
laticínios (leite, queijo,etc), ossos e espinhas, sementes, gorduras e óleos.
-PODE POUCO: frutas cítricas, cinzas, restos de cebola e alho.
Massas, pães e arroz até podem ser colocados, mas em pouca quantidade e
somente se não foram preparados com óleos e gorduras (até mesmo manteiga). E,
claro, sem molho ou qualquer outra coisa. Mas cuidado! Eles mofam rápido, por
isso a quantidade colocada não deve ser muito grande.
Frutas cítricas, restos de cebola e alho e cinzas não são muito
legais porque alteram o pH da cama (que deve ser por volta de 7,0). Podem ser
colocadas em pequenas quantidades, apesar disso.
Entende-se aqui que as pequenas quantidades são proporcionais ao
tamanho do seu minhocário, e que devem representar menos de 1/4 dos resíduos
adicionados.
Quando eu comecei a adicionar comida no minhocário, fui colocando aos
poucos (principalmente para fins do meu projeto, eu pesei os resíduos - 100
gramas). Conforme foi passando o tempo, aumentei para 200 gramas, 300 gramas e
até 400 gramas a cada dois dias, para ver a capacidade das minhocas. Mas
pode-se colocar comida todos os dias.
Um ponto muito importante: NÃO coloque mais do que as suas minhocas
podem comer por dia, por que as comidas mofam. Assim como nós, minhocas não
consomem comida mofada, e nem o que está em contato direto com ela... isso
prejudica muito o seu minhocário! Aí as minhocas, num longo prazo, começam a
morrer e seu minhocário não dará certo (essa é por experiência própria).
Nas primeiras vezes que eu coloquei comida, acabei misturando na cama
para saber como as minhocas se comportariam, mas acabei descobrindo que não é o
melhor. As minhocas se alimentam de cima para baixo, por isso o melhor é só
despejar os resíduos por cima da cama e deixá-las fazerem o resto do trabalho.
A minhoca consome um terço do seu peso por dia
Após um ano medem de 15 a 20 centímetros
Regeneram caso sejam cortadas( apenas uma das partes)
São hermafroditas( tem dois sexos)
Em períodos quentes e úmidos e geralmente a noite procuram um parceiro
para acasalar, podendo deixar mais de 100 descendentes por ano
Minhocas vermelhas californianas, tem origem do norte da Europa,
comprimento de 7 a 13 centímetros e diâmetro de 3 a 5 milímetros. Cor
amarronzadas com linhas amareladas entre os anéis. Produzem o ano inteiro.
Minhocas Gigante Africanas , origem Oeste e Norte da África, cor
vermelha amarronzada, podendo chegar a 20 centímetros de comprimento e 9
milímetros de diâmetro quando adulta.
Produz melhor em estações quentes.
Cuidados e dicas com o
minhocario:
Na compostagem seca é
fundamental remexer o conteúdo com frequência para oxigenar a mistura,
favorecer a evaporação do excesso de umidade e aumentar a quantidade de ar. Na
primeira semana é recomendável que revolva bem a mistura todos os dias, depois
uma vez por mês. A quantidade de umidade, calor e ar no sistema precisam ser
controladas, pois os microrganismos são sensíveis a essas variações e a
compostagem pode ser afetada, mas não precisa ficar preocupado. Existem alguns
truques para saber se está tudo certo.
Basta espremer com a mão um
pouco do conteúdo para avaliar a umidade. Se estiver tudo certo, a palma da mão
deverá ficar suavemente molhada. Se gotejar água, isso indica excesso de
umidade na mistura, que é prejudicial para a proliferação e atuação dos
microrganismos. Basta revirar a mistura e acrescentar um pouco mais de material
seco para solucionar o problema. Quando estiver muito seca, basta borrifar um
pouco de água e mexer.
No caso da temperatura, uma
barra de ferro fincado na mistura pode funcionar como termômetro. Um sistema
eficiente tem uma temperatura em torno de 60°C. Esse calor é resultado da
decomposição aeróbica da matéria orgânica que é transmitido à barra. Se a
temperatura estiver muito abaixo disso estará indicando que o processo está
muito lento. Isso pode ser provocado por pouca umidade ou pouco resíduo
orgânico. Faça o teste de umidade.
Caso não seja essa a
deficiência, o sistema possivelmente está com pouco material orgânico. Coloque
mais resíduos e mexa para resolver o problema.
O aparecimento de pragas está
relacionado à presença de algum alimento que não é de fácil decomposição e que
costuma atrair insetos ou animais, como carne, ossos, gordura e açúcar (o que
ocorre muito na compostagem ao ar livre, diferentemente dos modelos de
composteiras disponíveis para venda - nesses últimos, tais riscos tendem a não
existir). Basta retirar esses resíduos, parar a colocação de mais lixo por três
dias e colocar mais material seco. Dessa forma, o problema será solucionado.
-Húmus
Na compostagem seca, o húmus
ficará pronto entre dois e três meses, dependendo do tamanho da composteira.
Após esse período, os resultados da compostagem serão um resíduo marrom, sem
cheiro e homogêneo. Nesse caso, não há recolhimento do chorume.
Eficiência
Ambos os métodos para
compostagem doméstica são eficientes e ecológicos. Eles contribuem com a
redução das emissões de gás metano para
a atmosfera, evitando desequilíbrio causado pelo efeito
estufa. Isso sem contar que, se elas forem
tratadas da maneira correta, produzem adubo de boa qualidade, não emitem
cheiro, ocupam pouco espaço, não atraem insetos e animais, além de reduzirem o
volume de lixo doméstico substancialmente. Com pouco esforço é possível dar um
destino correto ao que iria poluir o ecossistema e sobrecarregar lixões e
aterros urbanos. O adubo produzido ainda pode ser um incentivo para ter
uma horta orgânica.
Se você não quiser plantar ou adubar alguma planta em sua casa, é só aplicar o
húmus em qualquer árvore de uma praça, parque ou no canteiro da rua para fazer
bem à natureza. A vermicompostagem é a forma de composta que mais enriquece o
solo
Nos dias de hoje, em que
a sustentabilidade ganha
força, muito se discute sobre a questão do volume de lixo que é gerado nas
residências, pois mesmo separando os recicláveis, ainda temos
bastante lixo
orgânico. Entretanto, grande parte desse tipo de
resíduo é composto por restos de
comida que podem ir para uma composteira, plenamente possível de ser instalada em casas ou
apartamentos (dependendo do tipo do processo). Esse simples procedimento leva à
diminuição da quantidade de lixo orgânico despejada em aterros, diminuindo as
emissões de gás metano.
A compostagem caseira,
em geral, pode se dar de três formas: seca, vermicompostagem ou
automática. A automática faz uso de uma composteira mecânica, que utiliza micro-organismos patenteados
capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade e acidez,
sendo uma forma mais simples, prática e sustentável de se fazer compostagem em
casa (veja mais aqui);
a seca trata apenas da decomposição dos alimentos por micro-organismos, e
tem o mesmo princípio da vermicompostagem; porém, na seca, não são adicionadas
minhocas para digerir a matéria orgânica.
A vermicompostagem faz uso das
minhocas e pode ser realizada em casas e apartamentos com uso da composteira doméstica. Essa técnica requer pouco consumo
de energia e um menor tempo para produção do composto com relação à compostagem
seca. Com essa técnica, há a formação do vermicomposto, que é o produto obtido
por meio da ação das minhocas em resíduos orgânicos. O vermicomposto é
também conhecido como húmus de minhoca e é um ótimo adubo orgânico, muito rico
em flora bacteriana. Basicamente, é a matéria orgânica "reciclada".
Além de ser mais
estável, principalmente
quanto ao pH, à relação
carbono/nitrogênioe às propriedades físicas, químicas e
biológicas capazes de auxiliar no bom desempenho das culturas, o vermicomposto
devolve à terra cinco vezes mais nitrogênio, duas vezes mais cálcio, duas vezes
e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e 11 vezes mais potássio.
Vantagens do
vermicomposto
• Não agressivo para o ambiente;
• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;
• Enriquece o solo com nutrientes;
• Grande fonte de nutrientes para as plantas;
• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;
• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;
• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;
• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;
• Melhora a estrutura do solo;
• Propicia produção de alimentos mais saudáveis;
• Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.
• Não contamina solo e água como os fertilizantes químicos;
• Enriquece o solo com nutrientes;
• Grande fonte de nutrientes para as plantas;
• Controle da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e manganês;
• Aumento da resistência das plantas a pragas e doenças;
• Maior absorção dos nutrientes pelas raízes das plantas;
• Favorece a entrada de ar e circulação de água no solo;
• Melhora a estrutura do solo;
• Propicia produção de alimentos mais saudáveis;
• Produção de adubo de alta qualidade para manutenção de jardins e hortas.
Minhocas
A importância das minhocas
para a fertilização e recuperação dos solos é conhecida há tempos e o filósofo
Aristóteles definia estes seres como "arados da terra", graças à
capacidade de escavar os terrenos mais duros. Esse verme tem o poder de ingerir
terra e matéria orgânica equivalente ao seu próprio peso, além de digerir e
expelir cerca de 60% do que comeu sob a forma de húmus.
Segundo estudos, o
tipo de minhoca mais indicada para a vermicompostagem é a detritívora, pois se
alimenta de matéria orgânica morta, suporta melhor as adversidades de
temperatura e acidez, que ocorrem em um processo de decomposição, e se reproduz
de acordo com a quantidade de alimento disponível, ou seja, melhor para a
criação em cativeiro.
Dentro dessa tipologia, a
espécie que é comumente utilizada é a Eisenia foetida(espécie
Epígea), também conhecida como vermelha da Califórnia ou minhoca dos
resíduos orgânicos. Essas minhocas conseguem processar uma grande variedade de
materiais em menos tempo, promovem a aceleração da maturação do composto,
apresentam alta atividade, taxa de conversão do composto em húmus e elevada
taxa de reprodução.
Fuga das Minhocas
Quando o ambiente dentro da
composteira (chamada também de minhocário) está desfavorável para esse animal,
as minhocas podem fugir, por isso é necessário que os recipientes estejam
sempre adequadamente fechados. Na maioria dos casos, essas condições ruins
levam à perda de atividade reprodutora ou morte das minhocas. Para isso não
ocorrer, fique atento a alguns parâmetros como:
• Umidade: a falta de água ou
baixa umidade diminui a ação dos micro-organismos e as minhocas podem morrer
por desidratação; e se o ambiente estiver com muita água, isso também pode
levar à mortandade de minhocas, interferir na circulação de ar e exalar mau
cheiro; (Saiba mais)
• Porosidade/areamento: se o
substrato tiver alta densidade e compactação, pode ocorrer falta de espaços e
baixa porcentagem de oxigênio, afetando a atividade das minhocas;
• Natureza dos resíduos:
alguns resíduos acabam elevando a temperatura, teores de acidez e demorando
para se decompor, afetando o ambiente das minhocas (vejaaqui o
que não colocar na sua composteira);
• Relação C/N: os resíduos
possuem quantidades variáveis de Carbono e
Nitrogênio, que são essenciais para os seres-vivos -
relações altas de nitrogênio e baixas de carbono interferem na ação dos
micro-organismos e trazem condições desfavoráveis às minhocas;
• pH: as minhocas necessitam
de um ambiente de pH
compreendido entre 5 e 8, fora desse intervalo, pode haver diminuição
da sua atividade;
• Temperatura: o metabolismo
das minhocas fica baixo em temperaturas inferiores a 15 ºC; mais frio do que
isso elas morrem; e em temperaturas altas, também.
Na tabela a seguir, da CONFRAGI
de Portugal, temos um síntese de algumas soluções
e causas desses parâmetros:
Problema
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Causa
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Solução
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|
Excesso de água
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Pouca comida
Cama precisa de ser mudada
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Composteira ou minhocário
No caso da vermicompostagem
caseira, a composteira doméstica ou minhocário é o local em que as minhocas
irão atuar para "reciclar" os resíduos orgânicos. Basicamente, o
dispositivo consiste em três ou mais caixas empilháveis de plástico, mas isso
depende da demanda de pessoas na casa. Para saber qual é o melhor tamanho para
sua família, clique aqui.
As duas primeiras caixas são
digestoras. A primeira, onde se depositam os resíduos (confira aqui quais
resíduos podem ser usados), necessita de tampa e tem furos no fundo; a última
serve como coletora para armazenar o chorume orgânico produzido.
A composteira é um processo
simples e higiênico de reciclar o lixo orgânico que produzimos em casa,
entretanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados para evitar maus
odores, atração de animais e morte das minhocas.
Recomenda-se portanto, como
que em um passo-a-passo, que os resíduos sejam depositados sucessivamente em
fileiras (preferencialmente picados) e a seguir em camadas, preservando-se
sempre no lado oposto uma camada de composto pronto, húmus livre de resíduos
que servirá para o que se chama de "cama". A “cama” é como um local
de segurança, onde as minhocas se sentem confortáveis, devendo existir em ambas
caixas digestoras. Elas migrarão por todas as caixas, subindo e descendo,
sempre usando os furos.
O que é compostagem? Como
funciona? Quais são os benefícios para o meio ambiente e para a sociedade?
Tanto já se falou sobre
essa técnica de reciclagem do lixo orgânico, agora fique sabendo tudo sobre
essa técnica sustentável, que tem ganhado cada vez mais adeptos e que pode
trazer muitos benefícios
O que é compostagem? E como ela acontece?
A compostagem é o processo biológico de valorização
da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou
florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico.
Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e
bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A técnica de
compostar ajuda na redução das sobras de alimentos (saiba mais), tornando-se
uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência (saiba
mais sobre resíduos nesta matéria
especial.
O processo de compostagem acontece em fases,
sendo elas muito distintas umas das outras. Suas principais características
são:
1ª) Fase mesofílica:
Nessa fase, fungos e bactérias mesófilas (ativas
a temperaturas próximas da temperatura ambiente), que começam a se proliferar
assim que a matéria orgânica é aglomerada na composteira, são de extrema
importância para decomposição do lixo orgânico. Eles vão metabolizar
principalmente os nutrientes mais facilmente encontrados, ou seja, as moléculas
mais simples. As temperaturas são moderadas nesta fase (cerca de 40°C) e ele
tem duração de aproximadamente de 15 dias.
2ª) Fase termofílica:
É a fase mais longa,e pode se estender por até dois meses, dependendo
das características do material que está sendo compostado. Nessa fase, entram
em cena os fungos e bactérias denominados de termófilicos ou termófilos que são
capazes de sobreviver a temperaturas entre 65°C e 70°C, à influência da maior
disponibilidade de oxigênio - promovida pelo revolvimento da pilha inicial. A
degradação das moléculas mais complexas e a alta temperatura ajudam na
eliminação de agentes patógenos..
3ª) Fase da maturação:
A última fase do processo de compostagem, e que pode durar até dois
meses. Nessa fase há a diminuição da atividade microbiana, juntamente com as
quedas de gradativas de temperatura (até se aproximar da temperatura ambiente)
e acidez, antes observada no composto. É um período de estabilização que produz
um composto maturado. A maturidade do composto ocorre quando a decomposição
microbiológica se completa e a matéria orgânica é transformada em húmus, livre detoxidade, metais pesados e patógenos.
O produto gerado a partir desse processo de degradação recebe o nome de
composto orgânico, que é um material estável, rico em substâncias húmicas e
nutrientes minerais, que pode ser utilizado em hortas, jardins e para fins
agrícolas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que
necessita, e evitando o uso de fertilizantes sintéticos.
Breve história da compostagem
A compostagem não é uma prática nova, mas está ganhando popularidade ao
passo que há uma tendência maior de preocupação com a sustentabilidade. Há muito tempo
agricultores já utilizavam o método de reciclagem do lixo doméstico para
obtenção de fertilizante orgânico.
No oriente médio, principalmente na China a compostagem vem sendo
aplicada há alguns séculos. Já no ocidente, ficou conhecida em 1920, a partir
dos primeiros experimentos de Sir Albert Howard. O Inglês Howard era
considerado pai da agricultura, pois foi autor do primeiro método de
compostagem na província Indiana de Indore, onde tentou efetuar a compostagem
com resíduos de uma só natureza e concluiu que era necessário misturar diversos
tipos.
Também na Europa, a técnica era usada durante os séculos XVIII e XIX
pelos agricultores que transportavam os seus produtos para as cidades em
crescimento e, em troca, regressavam às suas terras com os resíduos sólidos
urbanos das cidades para utilizá-los como corretivos orgânicos do solo. Assim,
os resíduos eram quase completamente reciclados por meio da agricultura.
Ao passar do tempo, a expansão das áreas urbanas, o aumento
populacional e do consumo alteraram os métodos de depósito, gestão dos resíduos
sólidos e, principalmente, a qualidade dos mesmos, que acabaram tornando-se
cada vez mais inadequados para o processo de compostagem. Logo, a técnica
perdeu popularidade. Entretanto, nos dias de hoje, com a pressão para a
utilização de métodos direcionados para a preservação do meio ambiente, há um
novo interesse em compostar os restos de
comida em casa como uma solução para a redução do volume de
resíduos domésticos que são encaminhados para os aterros (veja matéria sobre composteira residencial com alternativa para
lixo orgânico).
Esse hábito ainda pode fornecer uma opção saudável de adubo orgânico
para plantas e hortas. Com isso, cada vez mais pessoas querem colocar a mão na
massa e fazer a sua própria compostagem (conheça mais sobre a técnica).
O que é uma composteira?
A composteira nada
mais é do que o lugar (ou a estrutura) próprio para o depósito e processamento
do material orgânico. É nesse local que irá ocorrer a compostagem, a
transformação desse lixo orgânico em
adubo.
A composteira pode assumir diversos formatos e tamanhos - isso depende
do volume de matéria orgânica que é produzida e também do espaço livre
disponível para sua alocação, mas todas têm a mesma finalidade. As composteiras
podem ser instaladas em casas e apartamentos e podemos encontrar tipos que
contemplam, além da questão do tamanho, também a questão de preço e custo,
sendo que, de qualquer forma, a compostagem caseira é uma ótima iniciativa.
Fora isso, ao longo dos anos, foram desenvolvidas pelo homem técnicas capazes
de acelerar e estimular esse processo natural. Muitas dessas técnicas envolvem
o uso de outros agentes, também naturais, como o uso de minhocas californianas
(espécie Eisenia foetida mais indicada para o processo), que daí recebe o nome
devermicompostagem (outro tipo de
compostagem), técnica que é amplamente utilizada na forma das composteira doméstica.
Outro tipo de composteira que pode ser utilizada é a composteira automática, que envolve
uma maior praticidade, pois a decomposição é mais rápida e, ao invés de
minhocas, utiliza poderosos micro-organismos patenteados (dentre eles, o
Acidulo TM), capazes de se multiplicarem em altas temperaturas, alta salinidade
e acidez. Com isso, é possível inserir alimentos ácidos, carne, ossos, espinhas
de peixe, frutos do mar, ao contrário da vermicompostagem. Nessa última, também
não se recomenda a deposição em excesso de gorduras e laticínios, pois retardam
a decomposição (confira aqui) quais
itens não são recomendados para deposição em sua composteira doméstica). Também
existem resíduos que não vão para nenhum dos tipos de composteira, porém
devemos destinar corretamente. Para isso, confira sobre o que fazer com o que não vai
para a composteira.
Ao identificar o melhor tipo de processo (compostagem ou vermicompostagem) e de composteira
para sua casa, família e orçamento, muitas pessoas ainda têm uma dúvida: se a
composteira caseira é higiênica. Essa dúvida é recorrente devido existência de
chorume e pela necessidade de lidar com restos de alimentos que podem exalar mau
odor e atrair animais. O fato de haver minhocas nas composteiras também
assusta. Mas esse receio não tem muito fundamento .
Fatores que influenciam na geração e na qualidade do composto
São muitos os fatores que
podem influenciar na quantidade e qualidade dos compostos gerados durante a
compostagem, os principais são os seguintes:
Organismos:
A transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo,
basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias,
que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos
envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas,
formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição;
Temperatura:
Um dos fatores de grande importância no processo de compostagem. Esse
processo de decomposição da matéria orgânica por micro-organismos se relaciona
diretamente à temperatura, por meio de micro-organismos que produzem o calor,
pela metabolização da matéria orgânica, estando a temperatura relacionada a vários
fatores, como materiais ricos em proteínas, baixa relação
carbono/nitrogênio,umidade e
outros. Materiais moídos e peneirados, com granulometria mais fina e maior
homogeneidade, originam uma melhor distribuição de temperatura e menor perda de
calor;
Umidade:
A presença de água é fundamental para o bom desenvolvimento do
processo, pois a umidade garante a atividade microbiológica, isso se deve
porque, entre outros fatores, a estrutura dos micro-organismos consiste de
aproximadamente 90% de água e, na produção de novas células, a água precisa ser
obtida do meio, ou seja, neste caso, da massa de compostagem. Porém, a escassez
ou o excesso do líquido pode desacelerar a compostagem - se houver excesso, é
necessário acrescentar matéria seca, como serragem, que é a melhor indicação
para isso.
A faixa de umidade ótima recomendada para se obter um máximo de
decomposição está próxima de 50%, devendo haver uma maior atenção ao teor de
umidade durante a fase inicial, pois esta precisa de uma adequação do
suprimento de água para promoção do crescimento dos organismos biológicos
envolvidos no processo e para que as reações bioquímicas ocorram no tempo
certo, durante o processo de compostagem; Saiba mais.
Aeração:
No processo de compostagem, é possível dizer que a aeração é o fator
mais importante a ser considerado, isso porque o arejamento evita a formação de
maus odores e a presença de insetos, como as moscas de frutas, por exemplo, o
que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Também
deve-se levar em contra que, quanto mais úmida está a massa orgânica, mais
deficiente será sua oxigenação. É recomendado que o primeiro revolvimento seja
feito em duas ou três semanas após o início do processo, pois esse é o período
em que se exige a maior aeração possível. Em seguida, o segundo revolvimento
deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, e dez semanas após
o inicio de processo de compostagem deve ser feito o terceiro revolvimento para
uma incorporação final de oxigênio.
Uma massa orgânica com uma dose apropriada de nitrogênio e carbono
ajuda no crescimento e a atividade das colônias de micro-organismos envolvidos
no processo de decomposição, possibilitando a produção do composto em menos
tempo. Sabendo que os micro-organismos absorvem o carbono e o nitrogênio numa
proporção de 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio, ou seja, uma
razão de 30/1, essa é a proporção ideal para o material orgânico depositado na
composteira, mas também são recomendados valores entre 26/1 e 35/1, como sendo
as relações C/N mais propícias para uma rápida e eficiente compostagem.
Resíduos com relação C/N baixa (C/N<26/1) são pobres em carbono e
perdem nitrogênio na forma amoniacal durante o processo de compostagem. Nesse
caso, recomenda-se juntar restos vegetais celulósicos, como serragem de
madeira, sabugo e palha de milho e talos e cachos de banana, ricos em carbono,
para elevar a relação a um valor próximo do ideal. No caso contrário, ou seja,
quando a matéria-prima possui relação C/N alta (C/N>35/1), o processo de
compostagem torna-se mais demorado e o produto final apresentará baixos teores
de matéria orgânica. Para corrigir esse erro, deve-se acrescentar materiais
ricos em nitrogênio, como folhas de árvores, gramíneas e e legumes frescos.
Além do que até aqui mencionado, outros cuidados recomendados estão
relacionados ao local onde a composteira estará alocada: o preparo prévio do
material orgânico, a quantidade de material a ser compostado e as dimensões das
leiras (quando a compostagem é feita em leiras, pilhas de resíduos em linha).
Você também deve tomar cuidado com quais materiais orgânicos colocar na sua composteira,
como por exemplo, no caso da vermicompostagem, onde há restrições a alguns
tipos de alimentos já mencionados e também devendo-se evitar a deposição em
excesso de frutas cítricas, cebola ou alho, pois alteram o pH do composto. ( Veja o que pode
e o que não pode ir na sua composteira).
Importância para o meio ambiente e para a saúde da população
Segundo dados do
IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o material orgânico corresponde
a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil e tudo isso vai
parar em aterros sanitários, onde são depositados
com os demais e não recebem nenhum tipo de tratamento específico.
O uso da compostagem traz muitas vantagens para o meio ambiente e para
a saúde pública, seja aplicada no ambiente urbano (domésticos ou industriais)
ou rural. A maior vantagem que pode ser citada é que, no processo de decomposição
da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás
carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus). Por se tratar de um processo de
fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), permite que não
ocorra a formação de gás metano (CH4),
gerado nos aterros por ocasião da decomposição destes resíduos, que é altamente
nocivo ao meio ambiente e muito mais agressivo, pois é um gás de efeito estufa cerca de 25 vezes
mais potente que o gás carbônico - e mesmo que alguns aterros utilizem o metano
como energia, essas emissões contribuem para o desequilíbrio do efeito estufa,
influência humana potencialmente determinante das mudanças climáticas.
Adicionalmente, ao diminuirmos a quantidade de lixo destinado aos
aterros, haverá, por consequência, uma economia nos custos de transporte e de
uso do próprio aterro, ocasionando o aumento de sua vida útil (veja aqui matéria
sobre o uso da compostagem em grandes cidades). Outra vantagem é a redução do
passivo ambiental, que é o conjunto de obrigações que as empresas têm com o
meio ambiente e sociedade, ou seja, quando as empresas ou indústrias geram
algum tipo de passivo ambiental, também têm que gerar investimentos para
compensar os impactos causados à natureza. Assim, com a compostagem, reduzem o
lixo produzido, pois ele faz parte do passivo ambiental das empresas e indústrias.
Além de tudo que percorremos até aqui, a compostagem promove a
valorização de um insumo natural e ambientalmente seguro, adubo orgânico,
atuante sobre a reciclagem dos nutrientes do solo e no reaproveitamento
agrícola da matéria orgânica, assim evitando o uso de fertilizantes
inorgânicos, formados por compostos químicos não naturais, cujos mais comuns
levam em sua composição substâncias como nitrogênio, fosfatos, potássio,
magnésio ou enxofre (veja aqui mais
informações sobre esse tipo de fertilizante), cujos efeitos, sobretudo os
fertilizantes nitrogenados, se apresentam igualmente nocivos ao desequilíbrio
do efeito estufa. Também é
possível mencionar os riscos que esses fertilizantes podem trazer devido à
presença de metais pesados em sua composição
Problema pode ser resolvido de diversas maneiras
Os restos de
verduras, frutas e outros alimentos causam dúvidas na hora do descarte.
Jogá-los no lixo comum ou procurar outra destinação? E qual seria a melhor
forma de descartar esse tipo de alimento?
Existam duas opções que são as
mais comuns para quem não quer simplesmente jogar os resíduos fora: instalar
um triturador
de pia em sua cozinha ou realizar a compostagem
caseira.
A primeira alternativa
possibilita a eliminação dos restos sem acumular água no lixo comum (vegetais e
frutas possuem grande porcentagem de água), além de fazer com que o saco de
lixo pese menos. No entanto, é possível que essa alternativa faça com que as
tubulações de esgoto fiquem entupidas ou que o tratamento de água fique mais
caro devido à concentração de resíduos (entenda melhor os prós e contras aqui).
Já o processo de compostagem é
mais elaborado. Existem diversos modos de realizar a "reciclagem" dos
materiais orgânicos (veja mais aqui).
No entanto, ao contrário do que se pensa, é plenamente possível compostar em
casa, mesmo se você morar em um apartamento.
A vermecompostagem a partir de uma composteira doméstica, resolve o problema dos resíduos,
proporciona húmus (um adubo natural de alta qualidade), não faz sujeira (desde
que você saiba como proceder - veja mais aqui)
e evita que você seja responsável por liberar mais metano na
atmosfera, influenciando no desequilíbrio do efeito
estufa, algo que a maioria da comunidade
científica aponta como causa das mudanças climáticas em curso.
Há também a compostagem
automática, que requer ainda menos cuidados, é mais
prática e chega aos mesmos resultados.
O óleo de cozinha que sobra da
fritura pode virar sabão de um jeito simples. Já as carnes terão que ir para o
lixo comum ou, se você preferir, seu animal de
estimação também pode se alimentar delas.
O Projeto Minhocobaldes teve como inspiração básica o Projeto Cadico minhocas desenvolvido em São Paulo. que tem como objetivo reciclar e tratar os Resíduos orgânicos.
ResponderExcluirPor favor poderia me andar o pdf para romulo@carbonel.net? Excelente artigo. Se possi vel completo.
ResponderExcluirporfavor pode me enviar o artigo o imail e mariaelzamorim@gmail.com
ResponderExcluirficarei muito grata com sua colaboração no meu TCC.